MOVIMENTO CÍVICO DE BARQUEIROS
(MCB)
Este movimento é totalmente independente dos partidos políticos e está aberto a todos os que discordem da exploração de caulino no centro da Freguesia de Barqueiros.
Face ao exposto torna-se público o seguinte:
1. A exploração de caulino no centro de Barqueiros sempre foi contestada pela população;
2. A teimosia levou a graves convulsões sociais com a consequência nefasta que é do conhecimento de todos;
3. Face a esses acontecimentos o Estado Português parou a exploração através de um Protocolo indemnizatório com a empresa MIBAL;
4. Para ser colocada a hipótese de reiniciar a exploração ela terá de ocorrer de forma pacífica e sem qualquer tipo de contestação;
5. É evidente que os efeitos negativos da exploração se mantêm e, por isso, não existem as condições objectivas necessárias à exploração;
6. É neste cenário que o Estado Português e a empresa devem avaliar o processo e não parecendo procurar utilizar os actuais autarcas para fazer crer que estão criadas as condições objectivas;
7. É isso que se tem passado nos últimos anos;
8. Situação que atingiu o seu ponto alto na última Assembleia de Freguesia Extraordinária realizada no Salão Paroquial no passado dia 7 de Dezembro;
9. Nessa Assembleia foi aprovada a realização de um Referendo para saber se a população é a favor ou contra a exploração de caulino no centro da freguesia;
10. Atendendo ao passado, pensava-se ser desnecessário tal processo mas, dentro do espírito cívico e democrático deste Movimento, iremos participar activamente nos debates preparatórios dessa Consulta Popular
12. Foi então dada a palavra ao público que assistia à Assembleia;
13. Apenas uma pessoa disse que era a favor da exploração no centro da Freguesia, não apresentando qualquer justificação;
14. Todas as restantes pessoas foram contrárias e congratularam-se com a realização da Consulta Popular;
15. A Junta de Freguesia não expressou qualquer voz ou gesto discordante dessa Consulta Popular. Quem cala consente e dá assentimento;
16. Realizaram-se depois as últimas intervenções dos membros da Assembleia de Freguesia;
17. Já depois das duas da manhã, com apenas quatro ou cinco pessoas sentadas e com a última dezena a sair, inacreditavelmente, o Presidente da Assembleia colocou o Protocolo “engendrado” pela Junta e Mibal à votação;
18. Isto é, aprovou um Protocolo em que se diz que a empresa pode entrar de imediato no centro de Barqueiros. Não podia fazer tal votação pois constitui, antes de tudo uma ilegalidade grosseira;
19. ISto porque a Assembleia não foi convocada para aprovar o Protocolo mas sim para “análise da situação actual da exploração de caulino nas quintas de Prestar”;
20. Enganou-se assim o povo, dizendo-se uma coisa e fazendo outra;
21. Enganou-se assim os presentes que ao verem aprovado o Referendo tomaram a decisão como de boa fé e nunca esperaram uma deliberação sobre o Protocolo na calada da noite.
Tornar pública esta ilegalidade.
Informar que irá agir em conformidade legal.
Exigir que a autarquia promova a Consulta Popular que aprovou por unanimidade.
Manifestar desde já que participará activamente no esclarecimento dos efeitos negativos da exploração de caulino no centro da freguesia.
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