segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Direcção Geral de Geologia e Energia "visita" Mibal




No passado dia 17 de Janeiro, a Direcção Geral de Geologia e Energia fez uma inspecção às explorações de caulinos que a Mibal está a fazer há várias décadas, em Barqueiros, na Quinta de Vilares.
Até aqui tudo normal, não tivesse sido esta inspecção acompanhada por representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal de Barcelos, convidados a assistir bem como a Junta de Barqueiros. Ao longo de toda a "visita", foi visível, segundo os jornais de Barcelos a "boa vontade" com que esta empresa é tratada pelos inspectores, que segundo os jornalistas não vinham munidos de qualquer tipo de documentação, ou mapas das explorações.
A Mibal, sabendo antecipadamente desta inspecção, não se poupou a esforços. O cenário no terreno era visivelmente diferente daquele que os deputados da Assembleia da República puderam ver, aquando a visita que efectuaram ao mesmo local. Nos diversos caminhos que servem a exploração foram deitadas gravilha e alcatrão. Foram erguidos muitos taludes em terra e arranjados outros para proteger as lagoas formadas pela extracção. Foram colocadas centenas de metros de redes e muitas placas indicativas e de sinalização, ainda a brilhar de novas de tão recentes que eram...
A maioria dos deputados municipais mostrou-se muito crítica com a inspecção feita à Mibal pela DGGE, não tendo qualquer tipo de pejo em afirmar que...“Esta inspecção foi uma autêntica farsa”“Operação de cosmética”, “uma farsa”, ou acção para “inglês ver”, expressões que saíram das bocas dos deputados durante a inspecção, com excepção do deputado municipal do PS, que tinha a difícil missão de defender a posição assumida pela Junta de seu partido em Barqueiros, todos os outros se mostraram bastantes críticos quanto à forma como são feitas as fiscalizações e quanto à forma de actuação da Mibal, Domingos Araújo foi ainda mais longe ao dizer "...Nem sequer trazia um plano, nem um mapa da exploração. Limitou-se a seguir no carro da Mibal e foi onde eles quiseram, pelo que não podemos averiguar a legalidade desta extensa exploração...este tipo de inspecções “não valem nada” são uma "farsa"..."

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